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Las prioridades de Chávez

Posted by Ricardo en 22 febrero 2012 20:50

Personalmente, siempre he pensado que Hugo Chávez es el líder de un culto religioso, una especie de Jim Jones venezolano. Sería temerario decir que todos los que se tomaron el Kool-Aid en Jonestown estaban enfermos, pero pocas dudas hay de que su líder religioso sí lo estaba.

Tal vez Hugo Chávez nunca llegue a comandar un suicidio colectivo, pero de que está enfermo caben pocas dudas.

Pongamos como ejemplo las prioridades del líder máximo bolivariano acerca de su propia salud. A pesar de la larga estadía de los «médicos» cubanos en Venezuela, Chávez ni siquiera pensó en tratar su cáncer con estos. Tampoco lo hizo con médicos venezolanos. El motivo, todo el mundo lo sabe, es poder controlar el flujo de información acerca de su enfermedad. En Venezuela bastaría un mensaje via BlackBerry para que todos los detalles se conocieran, probablemente con audio y video incluídos.

Así las cosas, Chávez tuvo dos opciones: tratarse con medicina de los años setenta en Cuba, donde todas las informaciones serían herméticamente controladas, o tratarse con medicina de punta en São Paulo. Chávez le dio prioridad al control de la información antes que a la calidad del tratamiento.

Después de que la «canalla» venezolana infiltró el anillo de seguridad chavista e informó, antes de sus ministros y él mismo, que tuvo que irse a Cuba y que tiene otro tumor, el periodista brasileño Merval Pereira ha revelado algunas de las exigencias de Chávez para tratarse en São Paulo:

– Cierre de dos pisos del Hospital, como si fuera una estrella de rock llegando a un hotel.
– Control de ingreso al Hospital por parte del ejército. Cree que todos los países con como su hacienda llamada Venezuela.
– No divulgación de boletines médicos por parte del Hospital.
Acceso a los datos de cualquier paciente americano que se estuviera tratando en el Hospital. Paranoia, anyone?

Tenemos pues muy claro qué es lo más importante para Chávez: parecer un mito inmortal y misterioso, alguien sobrehumano, aunque esto al final jugara contra su propia vida.

Está alguien así en condiciones de ser presidente de una nación?

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VEJA dedica cinco páginas al cáncer de Chávez

Posted by Ricardo en 20 noviembre 2011 09:54

Veja: Error de médicos cubanos agravó condición de Chávez. Original en http://t.co/nONh8LRq .

Posted in chavez, cuba, lula, medios internacionales, venezuela | Comentarios desactivados en VEJA dedica cinco páginas al cáncer de Chávez

Veja: Nuestro socio es un desastre

Posted by Ricardo en 31 octubre 2009 06:43

Nosso sócio é um desastre

Fomos ver de perto como funciona a economia do novo membro
do Mercosul. O cenário é chocante. A cubanização da Venezuela
já destruiu a produção de bens e alimentos


Duda Teixeira, de Ciudad Guayana

Eduardo di Baia/AP
CORONEL FALASTRÃO
Graças a Chávez, a Venezuela está se tornando uma nova Cuba: produção em queda, presos políticos e, agora, apagões diários
VEJA TAMBÉM
Quadro: estatismo selvagem
Vídeo: milícias em fazendas

O Brasil acaba de aceitar um sócio de alto risco. Na quinta-feira da semana passada, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou a adesão da Venezuela ao Mercosul. O assunto seguirá agora para votação no plenário, onde a maioria governista deve referendar a decisão. Como Uruguai e Argentina já deram sinal verde, só falta o aval do Senado do Paraguai. Não se tem ideia de como o coronel Hugo Chávez fará para cumprir as cláusulas democráticas do Mercosul. Seu governo é autoritário, persegue opositores, jornalistas e pretende prolongar-se indefinidamente. Como sócio, Chávez terá poder de veto nos acordos comerciais entre os países do Mercosul e o restante do mundo – e não é difícil imaginar o estrago que sua preferência pelas piores parcerias (Coreia do Norte, Irã e Cuba) pode causar. Felizmente, Chávez não é a Venezuela, e um dia o país voltará à democracia e ao progresso.

Até que isso ocorra, Chávez será outra perturbação numa instituição estagnada. Não há acordo entre os membros do Mercosul sobre os próximos passos, as políticas comuns nunca saíram do papel e cada governo se queixa do protecionismo do vizinho. Na campanha presidencial no Uruguai, falou-se abertamente em deixar o bloco e assinar livremente acordos com os Estados Unidos e a União Europeia. Na semana passada, o Brasil adotou represálias comerciais contra a Argentina, que há anos impõe restrições à entrada de produtos brasileiros. A Venezuela é um bom parceiro comercial do Brasil. Nos últimos dez anos, a exportação de produtos brasileiros para aquele país multiplicou-se quase dez vezes. O superávit a favor do Brasil beira os 5 bilhões de dólares. Nada a ver com o Mercosul. Muitos dos negócios foram facilitados pura e simplesmente pela destruição da capacidade produtiva doméstica em razão do malfadado socialismo do século XXI de Chávez.

Em cinco anos, desde que o coronel se declarou comunista, mais de cinquenta companhias de grande porte e 2,5 milhões de hectares de terra foram estatizados. Mais de 250 000 cooperativas foram criadas para substituir as empresas «burguesas». O resultado é desastroso. A produção das companhias nas mãos do estado caiu 40%, enquanto o número de funcionários duplicou. De todas as terras ocupadas, apenas 2% continuam a produzir. Das cooperativas criadas, 96% já foram desfeitas. Não se pode acusar Chávez de ter mentido sobre suas intenções. «Produtividade e rentabilidade são conceitos do malvado capitalismo e do neoliberalismo», disse o coronel, com sinceridade.

VEJA foi ver de perto o processo de cubanização em curso no país que aceitamos como sócio. Durante sete dias, uma equipe de jornalistas visitou indústrias e fazendas cubanizadas em oito cidades. Um caso exemplar é a Alcasa, fábrica de alumínio em Cidade Guayana, polo industrial a 530 quilômetros de Caracas. Em 2005, o controle da estatal foi entregue aos trabalhadores em regime de cogestão. A primeira providência deles foi realizar uma eleição para a escolha dos cargos de direção. A título de preparação para os novos cargos, os eleitos receberam cursos sobre o «Pensamento econômico de Che Guevara» e de guerrilha, pomposamente rebatizada de «guerra assimétrica contra o imperialismo». Na visão do então presidente da companhia, o professor de educação física Carlos Lanz, a prioridade nunca foi produzir, e sim «criar pequenas unidades que possam empregar armamentos básicos: fuzis e lança-foguetes, ou em seu lugar explosivos de maior escala».

Fernando Cavalcanti
INEFICIÊNCIA
Trabalhadores que assumiram a direção da Alcasa: produção pela metade, mas com o dobro do pessoal

Uma unidade de milicianos foi montada dentro da empresa, comandada pelo chefe de RH. O número de empregados dobrou, enquanto a produção desabava. Na semana passada, das 684 células de produção de alumínio, 316 estavam paradas por falta de manutenção. «Estamos no meio de um processo, aprendendo como as coisas funcionam», explicou a VEJA Alcides Rivero, um dos coordenadores do Controle Obreiro, a organização de empregados. O descaso com os direitos trabalhistas é um ponto em comum nas empresas socialistas. A falta de equipamento de segurança tornou-se crônica. Na PDVSA, a estatal petroleira, funcionários que deixam o turno precisam entregar as botas de borracha aos que entram. Os coletes salva-vidas dos que trabalham no mar estão em trapos. Muitas vezes, os próprios empregados compram capacetes e equipamentos de proteção. «Os equipamentos de segurança na estatal nunca foram bons. Agora, estão ainda piores», disse a VEJA José Bodas, dirigente sindical da PDVSA.

Os salários estão congelados, apesar de a inflação anual ultrapassar os 30%. Quem ousa reclamar ou promover greve é punido. Rubén González, sindicalista faz quinze anos na Ferrominera Orinoco, em Cidade Piar, está há um mês em prisão domiciliar. Chavista no passado, González organizou uma greve em agosto pedindo o pagamento retroativo de um aumento salarial. Depois da paralisação, foi preso por seis dias sob acusação de incitar a delinquência. Solto, foi condenado à prisão domiciliar. «Meu crime foi defender os trabalhadores», disse González a VEJA. Aos 50 anos, ainda é membro do PSUV, o partido de Chávez. «Isso não é socialismo, porque não há igualdade. Nós, trabalhadores, somos discriminados», diz. Até o momento, o governo chavista já processou 64 dirigentes sindicais. Nas palavras do jornalista Damián Prat, que escreve no Correo del Caroní, Chávez entrará para a história por ter criado o «estatismo selvagem».

A devastação chavista é ainda mais virulenta no campo. As invasões de terra estão a cargo das Forças Armadas. Há sete meses, Orlando José Polanco teve sua fazenda de 2.200 hectares no município de Simón Planas tomada por 1.000 soldados. Logo depois chegaram quinze tratores para começar a arar a terra. Com o movimento das máquinas ao fundo, Hugo Chávez gravou no local o Alô Presidente, seu programa dominical na televisão. Uma semana depois, todos os tratores estavam quebrados. «Há muitas pedras no solo aqui. É impossível arar ou plantar feijão», diz Polanco. «Eles não sabem o que fazem.» A casa do vigia, dentro da propriedade, transformou-se em um posto da polícia militar. A 10 metros de distância ainda se vê um ninho de metralhadoras, deixado pelo Exército.

Nem os pequenos proprietários estão a salvo. No mês passado, um helicóptero Superpuma da Aeronáutica, com capacidade para vinte pessoas, pousou na fazenda San José, de 71 hectares, em Barquisimeto, levando a bordo o presidente do Instituto Nacional de Terras e o ministro da Agricultura. Bandeiras foram hasteadas, houve discursos e, uma semana depois, chegaram 250 integrantes da milícia campesina. Eles vestem camisa vermelha, pintam o rosto com tinta de camuflagem e cantam hinos revolucionários. «Aconteceu tanta coisa em apenas um mês que acho que não tenho mais medo de nada. Estou pronto para o pior», disse a VEJA Oscar Martinez, que plantava milho e criava gado para corte na San José. Martinez e outros agricultores lembram com saudade de quando a Venezuela exportava café, milho, arroz e laranja. Antes de Chávez, o país produzia 90% do açúcar e 76% da carne que consumia. Hoje, a produção doméstica só dá conta de 30% e 45%, respectivamente.

Os apagões quase diários e sem aviso prévio, que duram entre duas e cinco horas, são outro exemplo da ineficiência socialista. Apenas a cubanização explica como um país instalado sobre a quinta maior reserva de petróleo do planeta padece de escassez de eletricidade. A incapacidade administrativa do chavismo pode ser medida em números. Por falta de manutenção, só está em operação metade das vinte turbinas de Guri, a principal hidrelétrica do país. A maior termelétrica, Planta Centro, opera com reles 6,5% da capacidade instalada. Na Electricidad de Caracas (EDC), a produção já é 5% menor que a de dois anos atrás, quando foi estatizada. A Edelca, estatal de geração de energia hidrelétrica, era considerada um exemplo de eficiência. No ano passado, pela primeira vez, não registrou lucro. Seus fornecedores não recebem há quatro meses. Nos últimos quatro anos, o número de funcionários subiu de 3.500 para 5.600.

Fernando Cavalcanti
PALAVRAS DE ORDEM
Entrada da Invepal, estatal de papel, em Morón: ideologia
e prejuízos

A única consequência positiva da devastação do sistema produtivo é a queda da popularidade de Chávez. Com os alimentos escassos, salários congelados, falta de água e luz, os venezuelanos começaram a entender o significado real do que diz o presidente falastrão. Segundo as pesquisas, apenas 17% votariam por Chávez se as eleições fossem hoje. Há um mês, eram 31%. A desastrosa transição para o socialismo só não levou o país ao colapso total porque o presidente conta com o dinheiro da venda do petróleo. Estima-se que Chávez tenha gasto 900 bilhões de dólares em dez anos, metade dos quais proveniente da exportação petrolífera. Em termos de desabastecimento, a vida no país assemelha-se bastante à de Cuba: há escassez de papel higiênico, sabonetes, farinha e leite. Nos supermercados estatais, a lista com os produtos disponíveis é fixada na porta a cada manhã. Quase todos os alimentos são importados. A diferença entre Venezuela e Cuba é que o primeiro país tem quase o triplo da população do segundo e guarda petróleo em seu subsolo. Com gente e dinheiro, a Venezuela é um mercado muito mais atraente para o Brasil que a ilha caribenha. Já Chávez é tão ruim para seu povo quanto os caquéticos irmãos Castro.

Fotos Fernando Cavalcanti
REPRESSÃO AOS SINDICATOS
Rubén González, sindicalista em Cidade Piar, organizou uma greve em agosto na Ferrominera Orinoco. Passou seis dias na cadeia e agora está em prisão domiciliar sob acusação de incitar a delinquência e fechar vias públicas. Um carro da polícia passa periodicamente em frente a sua casa. Se colocar os pés na rua, vai para o xadrez. «Meu crime foi defender os trabalhadores», diz
NO ESCURO
Yaritagua, a 250 quilômetros de Caracas, sofre com dois apagões diários desde junho. Sem poder usar o ar-condicionado ou ver televisão, a família de Rafael Adan, 32 anos, passa parte das noites na calçada, conversando e olhando o fluxo de carros. Ele trabalha em uma funerária, ao lado de sua casa. «Muitas vezes não posso atender clientes porque não há luz», diz
INVASÃO MILITAR
Em sua fazenda de 71 hectares na cidade de Barquisimeto, Oscar Martinez plantava milho e criava gado de corte. No fim de setembro, sua terra foi tomada pelo Exército. Atualmente, sua propriedade serve de base para integrantes de uma unidade da milícia campesina. Ali, eles recebem instrução militar e cantam hinos contra a «oligarquia». «Estou pronto para o pior», diz o proprietário rural

Posted in chavez, chavismo, economia, medios internacionales, venezuela | Etiquetado: , , | Comentarios desactivados en Veja: Nuestro socio es un desastre

Veja entrevista a Yoani Sánchez

Posted by Ricardo en 4 octubre 2009 09:13

As três mentiras de Cuba

A blogueira cubana diz que as chamadas «conquistas da revolução» são um
mito e que só quem nunca morou na ilha pode ter admiração por seu regime

Por Duda Teixeira

Alejandro Ernesto/EFE
«Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos»

A cubana Yoani Sánchez, 34 anos, foi convidada a falar no Senado brasileiro e a comparecer ao lançamento de seu livro De Cuba, com Carinho (Contexto), em São Paulo. A obra, que chega às livrarias neste fim de semana, é uma coletânea de textos publicados por ela no blog Generación Y, o primeiro a ser criado em Cuba. Na internet, Yoani discorre livremente sobre o cotidiano do povo cubano, a ausência de liberdade e a escassez de gêneros de primeira necessidade – mas, bloqueado pelo governo, seu blog (desdecuba.com/generaciony) só pode ser acessado fora da ilha. Sua vinda ao Brasil, na segunda quinzena de outubro, depende de improvável permissão do governo cubano. Nos últimos doze meses, ela solicitou visto de saída em dez ocasiões para atender a convites no exterior. O visto foi negado em três delas. Nas demais, os trâmites burocráticos demoraram tanto que ela desistiu. Com 1,64 metro e 49 quilos, Yoani é formada em letras e vive em Havana com o filho e o marido. Ela conversou com VEJA pelo celular.

Em discurso a respeito do seu pedido de visto, o senador Eduardo Suplicy citou o que considera três conquistas da revolução cubana: a alfabetização, o aumento da expectativa de vida e a medicina de qualidade. Se pudesse, o que você diria sobre isso em Brasília?
Eu diria que os laços entre países não devem ocorrer apenas entre governantes ou diplomatas. Quando se trata de Cuba, as estatísticas oficiais divulgadas pelas nossas embaixadas não podem ser levadas a sério. Sou defensora da diplomacia popular, aquela que se inteira da realidade diretamente com o cidadão. Não sou uma analista política. Não sou especialista em nenhum tema. Não sou diplomata. Simplesmente vivo e conheço a realidade do meu país. Aqueles que roubam o estado, que recebem dinheiro enviado por parentes do exterior ou fazem trabalhos ilegais vivem melhor que os demais. Uma pessoa que escreve em um blog pode ser condenada sob a acusação de fazer propaganda inimiga. Os outros países não podem repercutir o clichê de que Cuba é uma ilha de música e rum. É preciso olhar para o cidadão. Aqui, nós vivemos e morremos todos os dias.

«Sou totalmente contra o embargo. Não porque ache que as coisas seriam muito diferentes se ele deixasse de existir, e sim porque seu fim acabaria com o argumento oficial de que vivemos em uma praça sitiada e, por causa disso, o povo deve aceitar as mazelas cubanas»


Mas é verdade que 99,8% da população
cubana é alfabetizada?
Antes da revolução, nosso país já ostentava um dos menores índices de analfabetismo da América Latina. Uma das primeiras ações do governo autoritário de Fidel Castro foi ensinar o restante da população a ler e escrever. A questão principal hoje não é a taxa de alfabetização, e sim o que vamos ler depois que aprendemos. A censura controla totalmente o que passa diante de nossos olhos. E isso começa muito cedo. As cartilhas usadas na alfabetização só falam da guerrilha em Sierra Maestra ou do assalto ao quartel de Moncada pelos guerrilheiros barbudos. Meu filho tem 14 anos. Na sala de aula dele há seis fotos de Fidel Castro. Tudo o que se ensina nas escolas é o marxismo, o leninismo, essas coisas. Não se sabe o que acontece no resto do mundo. A primeira vez que vi imagens da queda do Muro de Berlim foi em 1999, dez anos depois de ela ter ocorrido. Foi num videocassete que um amigo trouxe clandestinamente. Para assistir às imagens do homem pisando na Lua, foi necessário esperar vinte anos.

A expectativa de vida realmente aumentou?
É uma estatística oficial, sem comprovação, que não resistiria a um questionamento mínimo feito por uma imprensa livre. Pelo que vejo nas ruas, é difícil acreditar que os cubanos possam sobreviver tantos anos. Os idosos estão em estado deplorável. Há uma avalanche de dados que poderiam ilustrar o que digo, mas estes nunca são divulgados. Jamais fomos informados sobre o número de pessoas que fogem da ilha a cada ano. Ninguém sabe qual é o índice de abortos, talvez o mais alto da América Latina. Os divórcios são inúmeros, motivados pelas carências habitacionais. Como há cinquenta anos quase não se constroem casas, é normal que três gerações de cubanos dividam uma mesma residência, o que acaba com a privacidade de qualquer casal. Também nunca se falou do número de suicídios, um dos mais altos do mundo.

Cuba tem mesmo uma medicina avançada?
O país construiu hospitais e formou médicos de boa qualidade na época em que recebia petróleo e subsídios soviéticos. Com o fim da União Soviética, tudo isso acabou. O salário mensal de um cirurgião não passa de 60 reais. A profissão de médico é hoje a que menos pode garantir uma vida decente e cômoda. A carência nos hospitais é trágica. Quando um doente é internado, todos os seus familiares migram para o hospital. Precisam levar tudo: roupa de cama, ventilador, balde para dar banho no paciente e descarregar a privada, travesseiro, toalha, desinfetante para limpar o banheiro e inseticida para as baratas. Eles não devem esquecer também os remédios, a gaze, o algodão e, dependendo do caso, a agulha e o fio de sutura.

Por que o modelo cubano continua sendo admirado na América Latina?
Cuba só é reverenciada por quem nunca morou aqui. Eu já conheci um montão de gente que idolatrava Fidel e, depois de um mês vivendo conosco, mudou de opinião. Quando as pessoas descobrem como é receber em moeda sem valor, enfrentar as filas de racionamento ou depender do precário transporte público, começam a pensar de modo mais realista. Não estou falando dos turistas que ficam uma semana, dormem em hotéis cinco-estrelas e andam em carros alugados. Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos.

Como o governo tem reagido a seu blog?
O portal Desdecuba.com, em que o site está hospedado, está bloqueado há mais de um ano para quem tenta acessá-lo de Cuba. Há algumas semanas, cancelaram o site Voces Cubanas, que possuía vários diários virtuais, incluindo uma cópia do meu. O governo também se esforça para me transformar em uma pessoa radioativa. Membros da polícia política me vigiam todo o tempo e dizem a meus vizinhos, amigos e parentes que sou perigosa. Falam que quero destruir o sistema e sou uma mercenária do império. Em um país onde todo mundo trabalha para o estado ou depende da ajuda do governo, esse método surte efeito. Muita gente já se afastou de mim. Alguns nem me telefonam. É uma luta desigual. Todo o poder de um estado recai sobre mim. Até minha mãe tem sido vítima dessa campanha atemorizante. Eles a pressionam no trabalho. Ameaçam tirar seu emprego. Ela não faz nada especial, que possa desestabilizá-los. Não tem blog. Não é jornalista.

Qual é o trabalho de sua mãe?
Ela preenche formulários em um ponto de táxi.

Como os cubanos veem Hugo Chávez, hoje o maior benfeitor do regime comunista?
Hugo Chávez é o grande responsável pela perpetuação do regime cubano. Cuba seria hoje muito diferente sem esse aporte de petróleo e de dinheiro da Venezuela. O que me preocupa é o componente de autoritarismo e de messianismo de governos como os da Venezuela, Bolívia e Equador. Chávez reprime brutalmente a liberdade de expressão, e temo que os outros sigam essa abordagem, de cujas consequências parecem não ter a menor ideia. Em lugar da linha de Chávez, Evo Morales ou Rafael Correa, prefiro a da chilena Michelle Bachelet e a de Lula. Eles perseguem mudanças menos traumáticas e não criam conflitos viscerais entre grupos sociais.

O presidente Lula tem condenado com insistência o embargo comercial americano a Cuba. O que você acha disso?
Se o objetivo do embargo era enfraquecer a ditadura, não funcionou. Essa política não afeta os governantes, que continuam vivendo muito bem e importando os produtos que desejam. Tampouco se plantou na ilha uma semente de insatisfação capaz de desestabilizar o governo. A maior parte das pessoas que eram contra o regime já escapou da ilha. Acima de tudo, o embargo tem sido o maior pretexto do governo cubano para justificar o descalabro econômico no país. Diante de cada coisa que não funciona, o partido comunista diz que a culpa é dos americanos. Sou totalmente contra o embargo. Não porque ache que as coisas seriam muito diferentes se ele deixasse de existir, e sim porque seu fim eliminaria o argumento oficial de que estamos em uma praça sitiada e, por causa disso, o povo deve aceitar as mazelas cubanas.

Você acha possível que um dia Cuba libere a viagem de cubanos ao exterior?
Tenho escutado esses boatos, mas é improvável que isso ocorra. O controle de entrada e saída é talvez a mais importante arma do governo para manter a fidelidade ideológica. Imagine o que pensaria meu vizinho, um militante do partido que ganha em moeda nacional, se eu fosse ao Brasil, conhecesse várias cidades e voltasse cheia de histórias para contar sobre o que vi e comi. Seria um golpe muito forte no estado. No mais, essa questão é antiga. Eu até coloquei no blog uma foto de uma revista espanhola de 1991 na qual uma autoridade cubana fala da iminência da liberação das viagens. Já se passaram dezoito anos desde então, e nada mudou.

«Vivo o dilema da mãe cubana: manter o filho aqui mesmo sabendo que um dia ele terá problemas com o governo ou deixá-lo ir embora para realizar seus sonhos. Eu ficaria feliz se Teo não precisasse sair, mas creio que ele será um emigrante»


Caso consiga permissão para vir ao Brasil, você pensaria em ficar e trabalhar aqui?
Não tenho esse plano. A matéria-prima do meu trabalho é a realidade cubana. Não quero e não posso ficar longe das minhas histórias. Se pudesse viajar, eu certamente o faria, mas não seria apenas para o Brasil. Tenho de passar nos Estados Unidos e na Espanha para receber os prêmios que ganhei. Talvez desse um pulo à Alemanha e à Suíça. E só. Faz tempo que aprendi que a vida para mim não está em outro lugar a não ser em Cuba. Para o meu país eu voltarei sempre.

Raúl tem 78 anos e Fidel está à beira da morte. Quem vai assumir o poder em Cuba quando eles forem embora?
Os futuros governantes de Cuba serão pessoas comuns, que não conhecemos. Não mostram publicamente suas ideias reformistas por medo de que aconteça a elas o mesmo que ocorreu com Carlos Lage, o médico que era vice-presidente e foi condenado ao ostracismo. Quando a velha-guarda deixar o poder, muita gente carismática e talentosa sairá das sombras. Será como na União Soviética. Até assumir a Presidência, Mikhail Gorbachev tinha uma trajetória cinza. Era um funcionário a mais, fiel ao partido. No Kremlin, destacou-se como um transformador.

Seu filho completou 14 anos. Qual é o futuro que o espera?
Teo é um garoto inquieto. Foi criado em clima de tolerância e liberdade. Ele terá muita dificuldade se Cuba continuar assim. Cedo ou tarde, vai esbarrar nesse muro e pensará em sair. Isso me dói muito. Vivo o dilema da mãe cubana: manter o filho aqui mesmo sabendo que um dia ele terá problemas com o governo ou deixá-lo ir embora para realizar seus sonhos. Eu ficaria feliz se Teo não precisasse sair, mas creio que ele será um emigrante.

Como é a situação econômica atual comparada à grande crise ocorrida quando Cuba perdeu a mesada da União Soviética?
A crise contemporânea ainda não se compara com a dos anos 90. Naquele tempo meus pais me mandavam ir dormir mais cedo porque não tínhamos o que comer. Minha magreza é, em parte, uma sequela daquele período de fome. Hoje certamente há uma recaída econômica muito forte. A produção nacional é ínfima e obriga Cuba a importar 80% dos alimentos que consome. O problema é que o país não tem liquidez para comprar no exterior. A queda, contudo, está sendo amortecida pelo turismo, pelo dinheiro enviado por cubanos do exterior e pela possibilidade de exercer uma profissão ilegal.

A liberação de viagens de americanos para a ilha já mudou alguma coisa?
Essa foi uma notícia magnífica para os cubanos, que agora podem reencontrar seus parentes. Essas visitas ajudam também com palavras de estímulo, dinheiro e produtos básicos. Lamentavelmente, nunca fomos tão dependentes dos Estados Unidos.

Posted in cuba | Etiquetado: | Comentarios desactivados en Veja entrevista a Yoani Sánchez

Veja: Entrevista a Guillermo Zuloaga

Posted by Ricardo en 2 agosto 2009 17:57

Duda Teixeira, de Veja, entrevista a Guillermo Zuloaga.

Como uma aldeia de Asterix nos trópicos, resta apenas um canal de televisão que não foi fechado ou cooptado por Hugo Chávez na Venezuela. É a Globovisión, que transmite notícias em tempo integral para as três maiores cidades do país. Desde que, em 2007, o regime chavista não renovou a licença da RCTV, querida por suas novelas, a Globovisión tornou-se a solitária voz independente a transmitir em sinal aberto. Não se sabe por quanto tempo. Chávez trama o tempo todo para fechá-la e, com os freios e contrapesos do estado de direito cada vez mais minados, pode acabar conseguindo. A tática, no momento, é conhecida: inundar a Globovisión com processos de todo tipo. Seu dono, Guillermo Zuloaga, 67 anos, tem sofrido diversas acusações esdrúxulas, que vão de caçar animais silvestres a especular com preços de automóveis. Proibido de sair da Venezuela, Zuloaga falou a VEJA, por telefone.

Chávez já ameaçou encerrar as operações da Globovisión diversas vezes. Por que até agora não conseguiu fazer isso? Entre todos os sessenta processos administrativos a que estamos respondendo, não há um sequer que tenha embasamento legal para levar ao fechamento do canal. Além disso, Chávez parece ter se conscientizado do custo político de tomar tal iniciativa. Uma parcela muito grande da população concorda com nossa causa. Pesquisas de opinião pública mostraram que cerca de 80% dos venezuelanos querem que nossa empresa continue funcionando. Recentemente, o governo nos impôs uma multa equivalente a 8 milhões de reais, alegando que não pagamos alguns impostos entre 2002 e 2003. Mentira. Fizemos uma campanha para angariar o dinheiro da multa e 400.000 famílias venezuelanas nos ajudaram.

Chávez fechou a RCTV em 2007, independentemente das manifestações que ocorreram contra ele. O presidente é totalmente imprevisível. A nosso favor, pesa o fato de que nossa concessão só acaba em 2015. No caso da RCTV, o governo conseguiu o que queria porque simplesmente não renovou a concessão.

Qual seria o impacto do fechamento da Globovisión? Somos a única janela na televisão em que o cidadão pode ver o que acontece no país. Todos os outros canais foram neutralizados por Chávez ou são totalmente complacentes com ele. Nos nossos concorrentes, os jornais só são transmitidos a altas horas da noite. Não há mais notícias em horário nobre. Dessa forma, caso haja uma informação que, mesmo inicialmente considerada benéfica, produza um efeito negativo ao governo, eles sabem que as consequências não serão tão grandes.

Que tipo de notícia não aparece nos outros canais? Há inúmeros conflitos trabalhistas nas empresas que foram nacionalizadas. Os diretores chavistas assinaram acordos coletivos e encheram os funcionários de promessas. Como as companhias estão todas fracassadas economicamente, eles agora não conseguem cumprir o que foi combinado. Também somos os únicos a entrevistar acadêmicos e pesquisadores que não compactuam com o governo.

Houve empresas que cancelaram anúncios temendo problemas com o governo? Todas as grandes companhias que foram nacionalizadas deixaram de ser nossas clientes, como a empresa de telecomunicações Cantv e a Eletricidade de Caracas, EDC. A estatal petrolífera PDVSA não anuncia mais conosco desde que Chávez demitiu todos os funcionários que participaram da greve geral em 2003. Apesar disso, nossa receita publicitária está crescendo. As empresas privadas aumentaram sua participação. São companhias que compartilham os nossos valores. Acreditam no livre mercado, na propriedade privada e no respeito aos direitos humanos.

A Globovisión já deixou de dar uma notícia com medo de represálias do governo? Desde que as agressões começaram, colocamos advogados permanentemente no canal para analisar tudo o que vai ao ar. Não queremos dar ao governo alguma desculpa para nos fechar.

Pessoalmente, como o senhor é afetado? Estou proibido de deixar o país. Se quiser viajar, preciso de uma autorização especial. Isso porque estou sendo processado por manter 24 veículos em minha casa. Os chavistas falaram que eu estaria fazendo isso para forçar uma alta nos preços. Tudo invenção. Tenho pelo menos uma audiência na Justiça por semana.

Por que havia 24 veículos na sua casa? Tenho duas concessionárias de automóveis que vendem, cada uma, cerca de 120 veículos por mês. Vinte carros não é nada. O que encontraram em minha casa era uma leva que já estava vendida a clientes da capital. Só faltava entregar. Disseram que eu estava prejudicando a coletividade com isso. Como conseguiria fazer isso com vinte carros? Enquanto Caracas tem um déficit de 300 ambulâncias, o governo dá, de graça, 170 ambulâncias à Bolívia. Quem está prejudicando a coletividade são eles, não eu.

«Não houve uma tentativa de golpe contra Chávez em 2002. Na Venezuela,
a única pessoa que sabemos ter experiência em desestabilizar governos é exatamente aquela que está sentada no Palácio
de Miraflores»

E a acusação de que os veículos estavam parados para forçar um aumento nos preços? Quem eleva os preços não são os distribuidores de automóveis, mas a política estatal que obriga os fabricantes de carros a comprar dólares de um órgão do governo, a Comissão de Administração de Divisas (Cadivi). Como essa instituição não libera o dinheiro, faltam peças. Há três montadoras paradas. A produção de veículos caiu 50% em 2008 e mais 50% neste ano. Sem dólares, também não é possível importar veículos prontos. Quando a oferta cai, o preço sobe. Mesmo os clientes chavistas que têm dinheiro não conseguem mais comprar os automóveis de luxo que desejam.

Depois da visita dos promotores no caso dos carros, o Ministério Público começou a investigá-lo por ter animais silvestres empalhados em sua casa. De onde vieram? Cacei em toda a minha vida. Gosto de pescar também. Mas os troféus que tenho em casa são todos da África e da América do Norte. São antílopes, leões e leopardos. Nenhum deles é da Venezuela.

E como está a investigação? Parada. Até agora, não apareceu um único técnico do Ministério do Meio Ambiente que possa olhar o meu troféu de leão e dizer que não existe esse bicho nas selvas de nosso país. Também não há ninguém que possa escrever que existe uma diferença entre um antílope e um veado. Fazer isso seria contrariar o chefe. Todos têm medo. Até que apareça alguém com coragem, a investigação vai continuar. É uma loucura. Se é o caso de punir todos os lugares em que existam animais empalhados, então que fechem o Museu de História Natural e as churrascarias.

Chávez acusa a Globovisión de dar voz somente à oposição. É verdade? Não temos acesso à informação oficial. O governo não abre as portas para que nossos repórteres façam entrevistas com funcionários do estado. Quando um jornalista do nosso time consegue fazer uma pergunta ao presidente, ele responde como um déspota agressivo. Só nos resta produzir reportagens investigativas e trabalhar na rua, mostrando o que acontece.

Seu canal também está sendo processado por noticiar um terremoto, acusado de disseminar pânico entre as pessoas. O que ocorreu? Houve um tremor na madrugada do dia 4 de maio. Durante meia hora, ninguém do governo deu nenhuma informação à população ou à imprensa. Como havia medo nas ruas, nossa equipe consultou um instituto sismológico dos Estados Unidos. Então, informamos que o tremor era de baixa magnitude, que não tinham sido registradas mortes. Todos poderiam ficar tranquilos. Isso incomodou muito o governo. Fomos acusados de usar um serviço do imperialismo ianque e outras besteiras. Disseram que estávamos criando terrorismo e pânico entre a população, quando fizemos exatamente o contrário. Esse é um exemplo de processo administrativo sem embasamento jurídico para nos fechar.

O que falta para a Venezuela ser uma ditadura? Muito pouco. Quando terminarem de fechar todas as formas de acesso livre à informação, então teremos ingressado em uma ditadura. Chávez quer tirar 240 rádios do ar. Nenhuma das que estão na lista, obviamente, é chavista. Também quer proibir que as estações de Caracas transmitam para o restante do país. Se isso acontecer, somente o presidente poderá falar em cadeia nacional. Nas bibliotecas públicas, todos os livros de direita ou que não estavam de acordo com a ideologia oficial foram jogados fora. Os jornais impressos continuam independentes, mas alguns donos já reclamam que não conseguem importar papel, porque o Cadivi não libera os dólares. Na televisão a cabo, o governo está discutindo uma lei para limitar o acesso aos canais venezuelanos. Em relação à Globovisión, o governo não nos deixa ampliar a cobertura para outras cidades. Temos sinal aberto em apenas três cidades.

Chávez fala muito do apoio dos canais de televisão ao golpe que sofreu. Como a Globovisión se comportou na época? Não houve uma tentativa de golpe contra Chávez em 2002. Na Venezuela, a única pessoa que sabemos ter experiência em desestabilizar governos é exatamente aquela que está sentada no Palácio de Miraflores. Foi ele que tentou derrubar o presidente Carlos Andrés Pérez, em 1992. O que houve dez anos depois foi uma indignação popular muito forte contra Chávez, que promulgara 49 leis contra a propriedade privada. As pessoas foram protestar nas ruas no dia 11 de abril, e nós transmitimos tudo. Quando o presidente enviou as Forças Armadas para controlar a população, houve conflitos e mortos nas ruas. Chávez deixou Miraflores e seu ministro da Defesa, o general Lucas Rincón, anunciou que o presidente renunciara. Ninguém o depôs. Houve um vazio de poder. Dois dias depois, Chávez retornou. O Tribunal Supremo de Justiça, mais tarde, concluiu, após uma investigação, que não houve golpe de estado. Há quatro anos, já com o controle do Judiciário, Chávez alterou essa decisão.

E a acusação de «terrorismo midiático»? O terrorismo na mídia é praticado pelo estado com seus próprios meios. O Canal 8, da Venezuelana de Televisão (VTV), tem programas que constantemente destroem a reputação de pessoas que são contra o governo. São acusações inventadas e injustas, que eu nem sequer poderia repetir aqui. A VTV é um canal do governo, mantido graças aos nossos impostos. O presidente também nos ofende abertamente no seu programa dominical, o Alô Presidente. Ele nos chama de ianques, agentes da CIA. Somos vítimas de um terrorismo de estado.

«Em dez anos de chavismo, o número de indústrias venezuelanas caiu 40%, enquanto a importação de produtos brasileiros foi multiplicada por dez.
Lula apoia isso porque sabe que essa relação é benéfica aos seus empresários»

Como o senhor vê a posição brasileira em relação a Chávez? Ao Brasil convém muito apoiar nosso presidente. Como a nossa capacidade produtiva foi minada pelas políticas socialistas, toda a população se tornou cliente dos amigos de Chávez, incluindo aí muitos empresários brasileiros. Em dez anos de chavismo, o número de indústrias venezuelanas caiu 40%, enquanto a importação de produtos brasileiros foi multiplicada por dez. Como o volume das nossas exportações não foi alterado, nossa balança comercial com o Brasil hoje é extremamente desfavorável para nós. No ano passado, compramos 5 bilhões de dólares e vendemos pouco mais de 500 milhões de dólares. É uma diferença muito grande. Lula apoia isso porque sabe que essa relação é benéfica aos seus empresários. Para os homens de negócios venezuelanos, é um tormento.

Por que Chávez continua popular na Venezuela? Porque o alto preço do petróleo deu a ele uma enorme quantidade de dinheiro. Chávez é querido porque detém o talão de cheques. Mas a cada dia que passa as pessoas estão percebendo que, apesar de todos esses dólares, a vida não mudou. Nada do que se prometeu se tornou realidade. Agora que o talão de cheques está perdendo folhas, o equilíbrio do jogo pode ser alterado.

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Honduras update

Posted by Ricardo en 18 julio 2009 23:34

Siga lo último en La Honduras Posible, donde también pueden encontrar un resúmen de los motivos por los cuales Zelaya fue legalmente destituído.

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Estupidez socialista del día: Control de precios de automóviles

Posted by Ricardo en 18 julio 2009 10:37

Se podría hacer un libro, de peso semejante a las páginas blancas de Nueva York, con las teorías socialistas que funcionan apenas en la cabeza de cada uno de los idiotas que siguen esa doctrina.

A los genios chavistas se les ha ocurrido la brillante idea de imponer un control a los precios de los automóviles, como si los recientes controles de precio de los alimentos de primera necesidad -ya levantados debido a su ineficacia- hubiesen dado resultado.

Casi tan idiota como el control que pretende, por ejemplo, imponer que un auto de US$ 35mil se venda en US$ 16mil (Chevrolet Luv D Max), son los comentarios de los «revolucionarios» lectores. Destaco algunos para muestra:

FUAD ZAHALANVALENCIA, VENEZUELA – SOY USUARIO, QUIERO UN GRAN VITARA, ESPERO QUE SE CUMPLA CON ESTA REGULACIÓN, LO SABRE REALMENTE CUANDO ME MONTE EN MI CAMIONETA. VIVA EL SOCIALISMO Y LA REVOLUCIÓN. RESPONDAN AL MISMO. GRACIAS

Tan socialista que lo que quiere es desesperadamente «montarse en su camioneta». Seguimos:

roger varela merida, venezuela – esta muy buena esta iniciativa el problema es que no encuentro consesionario que lo venda ni con sobre precio ni mucho menos a ese precio ….. ojala se pudiera regular la entrega de vehiculos y con los precios sugeridos

Por qué será, Roger? Uno más:

richardbarinas, venezuela – hay que implementar un sistema de registro de compradores de vehiculos para evitar que una sola persona compre gran cantidad de los mismos para revender y eso es para ayer porque para mañana es tarde ya los consecionarios estan cuadrando todo

Genial, una libreta de racionamiento de automóviles. No necesita más comentarios.

I rest my case.

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Resúmen Veneco

Posted by Ricardo en 15 julio 2009 10:00

Empieza otra semana normal en el ex-país llamado Venezuela:

  • 60 homicidios se contaron en el área metropolitana de Caracas durante el fin de semana. En Valencia, mi tierra, fueron «sólo» 33.
  • Las colitas de PDVSA en los últimos días al sujeto que quería darle un golpe a la constitución de su país, Manuel Zelaya, ya suman 39 000 kilómetros.
  • Se le reducirá el sueldo a los altos funcionarios públicos, de US$ 6.350 a US$ 1.825. Sería de elogio, excepto si no supiéramos acerca de la corrupción en todos los niveles del chavismo. Luis Tascón, de la infame lista que lleva su apellido, dice que se preservarán los sueldos de funcionarios «estratégicos», como por ejemplo los que dirigirán las estaciones espaciales.
  • El bípedo que preside a PDVSA y es al mismo tiempo su propio jefe, Rafael Ramírez, dice que quien no milita en una organización solcialista es automáticamente sospechoso de conspirar.
  • El mismo jefe de la mafia petrolera también aparece en un video que dispensa comentarios.

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Corresponsal de CNN, ex-sandinista

Posted by Ricardo en 13 julio 2009 08:59

A pesar de lo que se lea en los foros repletos de idiotas, como Aporrea, CNN y su hija latina, CNN en Español, no son ni nunca han sido «pro-yankees». Lo que sucede es que los radicales, cuando alguien para guardar apariencias no les dice exactamente lo que quieren oir, automáticamente ese alguien es «anti-revolucionaario».

Un ejemplo es el background de la corresponsal de CNN en Español en Tegucigalpa, de nombre Krupskaia Alis. El hecho de que la bautizaran con el nombre de la mujer de Lenin, o que sus padres hayan sido comunistas, no la hace automáticamente una chavista o zelayista. Lo que sí es un problema es que haya sido funcionaria del gobierno sandinista del pedófilo, violador y chavista Daniel Ortega:

Tegucigalpa. Krupskaia Alis Rumazo, quien funge en la actualidad como corresponsal de CNN en Español, habría sido diplomática del gobierno sandinista y revolucionario de Daniel Ortega.

El fin de semana, a la redacción de EL HERALDO llegó un ejemplar del periódico oficial La Gaceta de Nicaragua, con fecha 23 de abril de 1990.

En este documento aparece el nombre de la periodista como parte de un grupo de embajadores y secretarios en el escalafón diplomático.

En la edición 78, en la que La Gaceta hace constar que es una “época revolucionaria”, Alis aparece ascendida como tercer secretaria.

El decreto, según esa versión, fue firmado por Daniel Ortega Saavedra, presidente de Nicaragua.

Hasta el momento CNN en Español no se ha pronunciado, tampoco lo ha hecho la corresponsal enviada al país.

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The Devil’s Excrement en español

Posted by Ricardo en 10 julio 2009 11:21

Antes tarde que nunca: El Excremento del Diablo, ahora también en español. Indispensable.

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